quarta-feira, 28 de maio de 2014

Dias melhores

De vez em quando nos sentimos inquietos, há um misto de saturação das nossas coisas e o desejo de situações novas – queremos algo mais. Para obter respostas algumas pessoas fazem peregrinação religiosa, outros se isolam nas florestas e montanhas, outros ainda buscam gurus. Serão esses os dividendos dos descaminhos e do excesso de egoísmo? Estamos sobrecarregados de desejos de consumo insaciáveis e pouco atento aos anseios da alma? Os mestres da mídia consumista criam desejos falsos que parecem as respostas para às nossas necessidades. Enquanto isso, esquecemos a recomendação de Jesus “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça." Mt. 6:33
Na lição abaixo, Joanna de Ângelis, no livro Lições par a Felicidade nos dá algumas sugestões para sair da inquietação e programar dias melhores para nossa vida:

Mediante a orquestração de pensamentos salutares, de leituras edificantes, de aprendizagem enobrecida, de convivência harmônica ao lado de outros indivíduos, conseguirá programar o futuro feliz, libertando-se, a pouco e pouco, do pessimismo, das angústias e aflições, bem como das dificuldades que o desafiam, sabendo como administrá-las. 


terça-feira, 27 de maio de 2014

Efeitos dos Sentimentos

Negando-se aos sentimentos elevados, o ser transita pelos sítios tumultuados do desespero a que se entrega, quando poderia ascender aos planaltos da harmonia que o aguar­dam com plenitude. Manoel P. de Miranda

Por experiência pessoal sabemos que os sentimentos elevados como alegria, gratidão, esperança, amor, serenidade, etc., nos deixam mais otimistas, mais autoconfiantes, mais lúcidos, enfim, ficamos melhores. Que tal persistir em tais sentimentos para enxergarmos melhor a vida e saber o que fazer?
Até quando vamos ser impulsivos, agressivos, vingativos, birrentos, rancorosos? Como diz Manoel P. de Miranda acima estes sentimentos levam ao desespero, parece que não há saída e não adianta tentar. Será que é assim mesmo ou é uma ilusão?
Você já parou para pensar se o mundo é ruim ou é imaginação sua? E se for projeções sua, ou seja, você vê no mundo tormentos e problemas que são seus? Antes de encher as pessoas e o mundo de acusações, procure superar os conflitos pessoais, procure ser mais simpático, mais amistoso, mais esperançoso, mais otimista. Você pode descobrir que está no paraíso e não sabia!
Não quer dizer que não haja problemas no mundo, sim os há, são inerentes à sua classificação de Mundo de Expiação e Prova que abriga Espíritos nesta idade evolutiva, como nós. Uma coisa é enfrentar os problemas naturais que se apresenta, outra é complicar a vida.

domingo, 4 de maio de 2014

Você está esperando o quê?

Muita gente passa pela prova da dúvida sobre a imortalidade da alma e da reencarnação. Para elas, a esperança não vai além da vida presente. A incerteza é desconcertante.
Por outro lado, muitos espíritas que já são convictos de sua imortalidade e de sua trajetória reencarnatória, ainda cultivam o homem velho com seus caprichos, exigências, vícios, intransigência, etc., justificando que ainda são humanos. O Espiritismo não nega a nossa humanidade e nem o nosso grau evolutivo. Mas os conhecimentos que ele nos trouxe e revelou, são convites para a melhoria pessoal e social, caso contrário para que serviriam tais conhecimentos? Quanto a justificativa acima que somos seres humanos ainda falhos, não devemos esquecer que também somos “inteligentes” e possuímos discernimento para distinguir e escolher o que é melhor e ético.
Como somos imortais e tivemos milhares de existências, é natural que temos impulsos e hábitos automatizados de experiências anteriores que parecem fazer parte de nossa personalidade, quando nos propomos a superá-los é difícil e algumas vezes parece impossível. No entanto, com o treino contínuo de não mais repetir um pensamento ou um comportamento prejudicial como a intolerância ou o uso de bebida alcoólica vamos superando-os, e, ao mesmo tempo, exercitando e conquistando outras qualidades como a tolerância e a calma. É inevitável que esse processo de melhoria exige empenho, esforço, abrir mão de algumas coisas, paciência... Para servir de ilustração, uma pessoa que queira se graduar em Psicologia, não basta apenas desejar e já será um psicólogo. Ela precisará estudar para fazer o vestibular, quando entrar na universidade vai assistir muitas aulas, fazer trabalhos e apresentá-los, deverá cumprir determinando tempo de estágio, deverá ler muito, etc. Quando terminar a graduação, é apenas um iniciante que precisa de cursos de aprimoramento, de especialização, pós graduação, mestrado, doutorado... Assim, a mudança de padrões de pensamentos, de emoções e de comportamento exige empenho, sem neurotizar a transformação pessoal. No livro Roteiro, Emmanuel sintetiza esta incoerência entre o conhecimento e o adiamento da prática:

Em verdade, meu amigo, terás encontrado no Espiritismo a tua renovação mental.
O fenômeno terá modificado as tuas convicções.
As conclusões filosóficas alteraram, decerto, a tua visão do mundo.
Admites, agora, a imortalidade do ser.
Sentes a excelsitude do teu próprio destino.
Mas se essa transformação da inteligência não te reergue o coração com o aperfeiçoamento íntimo, se os princípios que abraças não te fazem melhor, à frente dos nossos irmãos da Humanidade, para que te serve o conhecimento? Se uma força superior te não educa as emoções, se a cultura te não dirige para a elevação do caráter e do sentimento, que fazes do tesouro intelectual que a vida te confia?

sábado, 3 de maio de 2014

Excesso de Preocupação

Precisamos aprender a parar e a se recompor quando a vida fica tumultuada, porque a tendência é gerar mais tormentos com o excesso de preocupação que leva a fixação mental no problema, ao descontrole emocional, a somatização, a agressividade ou a reclusão. Este estado compromete o discernimento e a ponderação. Conforme o grau de desequilíbrio da pessoa, conteúdos de vidas passadas - que estão arquivadas no inconsciente -, podem fluir para o consciente ou a mente atual gerando mais perturbação. Um exemplo de tal descontrole é dado por Victor Hugo, no livro Árdua Ascensão, psicografado por Divaldo P. Franco, com a personagem Augusta que havia perdido a mãe e enfrentava as próprias angústias. Com isso o “eu espiritual rompeu-lhe os depósitos do inconsciente, onde se arquivam as existências pretéritas, passando a viver conflitos difíceis de ser elucidados. Misturavam-se-lhe, no campo das ideias, as impressões mais vigorosas do ontem, portanto, mais deprimentes, com os acontecimentos atuais, atordoantes e desagradáveis.” Se no momento presente passamos por apuros não podemos piorar a situação para não acontecer como no caso da Augusta, para não ficarmos sobrecarregados. Precisamos aprender a buscar ajuda com um amigo, no Centro Espírita, por meio da prece, na psicoterapia...

Vamos lembrar que as provas não se excedem às nossas forças para enfrentá-las. No entanto, podemos piorar nossa vida ou melhorar de acordo com o uso inteligente de nosso livre arbítrio.