sábado, 19 de setembro de 2015

Ascendência Espiritual

Como seres imortais e multiexistenciais nosso estado atual de doença/saúde, equilíbrio/desequilíbrio, sociabilidade/insociabilidade..., não é uma realização exclusivamente do presente, há um encadeamento entre as reencarnações anteriores e a atual. O condicionamento social amamentado pela concepção materialista faz crer que tudo procede do corpo e do meio ambiente. Estes fatores têm o seu percentual de influência, é claro, mas não é tudo. O ser que anima o corpo, que movimenta o meio ambiente, ou seja, o Espírito, ao reencarnar traz a história de suas vivências milenares em sua mente ou inconsciente coletivo que compõe seu repertório evolutivo. No livro Rejubila-te em Deus, página 62, Joanna de Ângelis elucida: 

“em todo problema na área da saúde ou do comportamento humano, o enfermo é sempre o Espírito que se encontra em processo de recuperação do seu passado delituoso, experienciando as consequências das ações infelizes que se permitiu praticar antes do berço atual.” 

Vemos aí a ascendência do Espírito sobre o corpo e o meio social. Portanto, não somos reféns das condições exteriores, elas estão a serviço do Espírito, com suas restrições e possibilidades. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Papéis temporais

Na vida física tendemos a nos identificar com o corpo e com os problemas da existência. A identificação com o corpo leva-nos a acreditar que somos o corpo, que nascemos, crescemos e morremos. A identificação com os problemas leva à ideia que a vida se reduz às dificuldades, as dores, aos obstáculos. Parece que a vida é assim, que vai ser sempre desse modo. Não nos vemos como Espíritos Imortais em evolução, desenvolvendo nossos potenciais através de um corpo físico e do enfrentamento dos reveses e das boas experiências da existência.
Os papéis sociais ou as condições reencarnatórias que envergamos, são temporárias! A vida é maior do que os trajes que vestimos. As condições que apresentamos: saudáveis/doentes, bonito/feio, rico/pobre, inteligente/ignorante, etc., não são definitivos, não determinam a personalidade. São apenas experiências que objetivam educar o aprendiz.

No livro Vinha de Luz, página 69 Emmanuel leciona:

“Risível é o instinto de apropriação indébita que assinala a maioria dos homens.
Não será a Terra comparável a grande carro cósmico, onde se encontra o espírito em viagem educativa?
Se a criatura permanece na abastança material, apenas excursiona em aposentos mais confortáveis.
Se respira na pobreza, viaja igualmente com vistas ao mesmo destino, apesar da condição de segunda classe transitória.
Se apresenta notável figuração física, somente enverga efêmera vestidura de aspecto mais agradável, através de curto tempo, na jornada empreendida.
Se exibe traços menos belos ou caracterizados de evidentes imperfeições, vale-se de indumentária tão passageira quanto a mais linda roupagem do próximo, na peregrinação em curso.
Por mais que o impulso de propriedade ateie fogueiras de perturbações e discórdias, na maquinaria do mundo, a realidade é que homem algum possui no chão do Planeta domicílio permanente. Todos os patrimônios materiais a que se atira, ávido de possuir, se desgastam e transformam. Nos bens que incorpora ao seu nome, até o corpo que julga exclusivamente seu, ocorrem modificações cada dia, impelindo-o a renovar-se e melhorar-se para a eternidade.
Se não estás cego, pois, para as leis da vida, se já despertaste para o entendimento superior, examina, a tempo, onde te deixará, provisoriamente, o comboio da experiência humana, nas súbitas paradas da morte.”

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Humberto de Campos conversa com o filósofo Sócrates

Humberto de Campos no livro Crônicas de Além-túmulo, psicografado por Chico Xavier, fala de seu encontro com o filósofo Sócrates. Este diálogo entre Humberto de Campos e Sócrates foi providencial para mim, suscitou boas reflexões sobre o meu trabalho. Sócrates fala que: “Nosso projeto de difundir a felicidade na Terra só terá realização quando os Espíritos aí encarnados deixarem de ser cidadãos para serem homens conscientes de si mesmos.” Esta colocação mostra o quanto somos bairristas, apegados aos papéis sociais, egocêntricos... Precisamos avançar no autodescobrimento, na solidariedade, no universalismo. Veja na íntegra o texto:


“7 de janeiro de 1937
Foi no Instituto Celeste de Pitágoras1 que vim encontrar, nestes últimos tempos, a figura veneranda de Sócrates, o ilustre filho de Sofronisco e Fenareta.
A reunião, nesse castelo luminoso dos planos erráticos, era, nesse dia, dedicada a todos os estudiosos vindos da Terra longínqua. A paisagem exterior, formada na base de substâncias imponderáveis para as ciências terrestres da atualidade recordava a antiga Hélade, cheia de aromas, sonoridades e melodias. Um solo de neblinas evanescentes evocava as terras suaves e encantadoras, onde as tribos jônias e eólias localizaram a sua habitação, organizando a pátria de Orfeu, cheia de deuses e de harmonias. Árvores bizarras e floridas enfeitavam o ambiente de surpresas cariciosas, lembrando os antigos bosques da Tessália, onde Pan se fazia ouvir com as cantilenas de sua flauta, protegendo os rebanhos junto das frondes vetustas, que eram as liras dos ventos brandos, cantando as melodias da Natureza.
O palácio consagrado a Pitágoras tinha aspecto de severa beleza, com suas colunas gregas à maneira das maravilhosas edificações da gloriosa Atenas do passado.
Lá dentro, agasalhava-se toda uma multidão de Espíritos ávidos da palavra esclarecida do grande mestre, que os cidadãos atenienses haviam condenado à morte, 399 anos antes de Jesus-Cristo.
Ali se reuniam vultos venerados pela filosofia e pela ciência de todas as épocas humanas, Terpandro, Tucidides, Lísis, Ésquines, Filolau, Timeu, Símias, Anaxágoras e muitas outras figuras respeitáveis da sabedoria dos homens.
Admirei-me, porém, de não encontrar ali nem os discípulos do sublime filósofo ateniense, nem os juízes que o condenaram à morte. A ausência de Platão, a esse conclave do Infinito, impressionava-me o pensamento, quando, na tribuna de claridades divinas, se materializou aos nossos olhos o vulto venerando da filosofia de todos os séculos. Da sua figura irradiava-se uma onda de luz levemente azulada, enchendo o recinto de vibração desconhecida, de paz suave e branda. Grandes madeixas de cabelos alvos de neve molduravam-lhe o semblante jovial e tranquilo, onde os olhos brilhavam infinitamente cheios de serenidade, alegria e doçura.
As palavras de Sócrates contornaram as teses mais sublimes, porém, inacessíveis ao entendimento das criaturas atuais, tal a transcendência dos seus profundos raciocínios. À maneira das suas lições nas praças públicas de Atenas, falou-nos da mais avançada sabedoria espiritual, através de inquirições que nos conduziam ao âmago dos assuntos; discorreu sobre a liberdade dos seres nos planos divinos que constituem a sua atual morada e sobre os grandes conhecimentos que esperam a Humanidade terrestre no seu futuro espiritual.
É verdade que não posso transmitir aos meus companheiros terrenos a expressão exata dos seus ensinamentos, estribados na mais elevada das justiças, levando-se em conta a grandeza dos seus conceitos, incompreensíveis para as ideologias das pátrias no mundo atual, mas, ansioso de oferecer uma palavra do grande mestre do passado aos meus irmãos, não mais pelas vísceras do corpo e sim pelos laços afetivos da alma, atrevi-me a abordá-lo:
- Mestre - disse eu -, venho recentemente da Terra distante, para onde encontro possibilidade de mandar o vosso pensamento. Desejaríeis enviar para o mundo as vossas mensagens benevolentes e sábias?
- Seria inútil - respondeu-me bondosamente -, os homens da Terra ainda não se reconheceram a si mesmos. Ainda são cidadãos da pátria, sem serem irmãos entre si. Marcham uns contra os outros, ao som de músicas guerreiras e sob a proteção de estandartes que os desunem, aniquilando-lhes os mais nobres sentimentos de humanidade.
- Mas. . . - retorqui - lá no mundo há uma elite de filósofos que se sentiriam orgulhosos de vos ouvir!...
- Mesmo entre eles as nossas verdades não seriam reconhecidas. Quase todos estão com o pensamento cristalizado no ataúde das escolas. Para todos os espíritos, o progresso reside na experiência. A História não vos fala do suicídio orgulhoso de Empédocles de Agrigento, nas lavas do Etna, para proporcionar aos seus contemporâneos a falsa impressão de sua ascensão para os céus? Quase todos os estudiosos da Terra são assim; o mal de todos é o enfatuado convencimento de sabedoria. Nossas lições valem somente como roteiro de coragem para cada um, nos grandes momentos da experiência individual, quase sempre difícil e dolorosa. Não crucificaram, por lá, o Filho de Deus, que lhes oferecia a própria vida para que conhecessem e praticassem a Verdade? O pórtico da pitonisa de Delfos está cheio de atualidade para o mundo. Nosso projeto de difundir a felicidade na Terra só terá realização quando os Espíritos aí encarnados deixarem de ser cidadãos para serem homens conscientes de si mesmos. Os Estados e as Leis são invenções puramente humanas, justificáveis, em virtude da heterogeneidade com respeito à posição evolutiva das criaturas; mas, enquanto existirem, sobrará a certeza de que o homem não se descobriu a si mesmo, para viver a existência espontânea e feliz, em comunhão com as disposições divinas da natureza espiritual. A Humanidade está muito longe de compreender essa fraternidade no campo sociológico.
Impressionado com essas respostas, continuei a interrogá-lo:
- Apesar dos milênios decorridos, tendes a exprimir alguma reflexão aos homens, quanto à reparação do erro que cometeram, condenando-vos à morte?
- De modo algum. Méletos e outros acusadores estavam no papel que lhes competia, e a ação que provocaram contra mim nos tribunais atenienses só podia valorizar os princípios da filosofia do bem e da liberdade que as vozes do Alto me inspiravam, para que eu fosse um dos colaboradores na obra de quantos precederam, no Planeta, o pensamento e o exemplo vivo de Jesus-Cristo. Se me condenaram à morte, os meus juízes estavam igualmente condenados pela Natureza; e, até hoje, enquanto a criatura humana não se descobrir a si mesma, os seus destinos e obras serão patrimônios da dor e da morte.
- Poderíeis dizer algo sobre a obra dos vossos discípulos? .
- Perfeitamente - respondeu-me o sábio ilustre -, é de lamentar as observações mal-avisadas de Xenofonte, lamentando eu, igualmente, que Platão, não obstante a sua coragem e o seu heroísmo, não haja representado fielmente a minha palavra junto dos nossos contemporâneos e dos nossos pósteros. A História admirou na sua Apologia os discursos sábios e bem feitos, mas a minha palavra não entoaria ladainhas laudatórias aos políticos da época e nem se desviaria para as afirmações dogmáticas no terreno metafísico. Vivi com a minha verdade para morrer com ela. Louvo, todavia, a Antístenes, que falou com mais imparcialidade a meu respeito, de minha personalidade que sempre se reconheceu insuficiente. Julgáveis então que me abalançasse, nos últimos instantes da vida, a recomendações no sentido de que se pagasse um galo a Esculápio? Semelhante expressão, a mim atribuída, constitui a mais incompreensível das ironias.
- Mestre, e o mundo? - indaguei.
- O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. Não tenhais pressa. Mergulhando-me no labirinto da História, parece-me que as lutas de Atenas e Esparta, as glórias do Pártenon, os esplendores do século de Péricles, são acontecimentos de há poucos dias; entretanto, soldados espartanos e atenienses, censores, juízes, tribunais, monumentos políticos da cidade que foi minha pátria, estão hoje reduzidos a um punhado de cinzas!... A nossa única realidade é a vida do Espírito.
- Não vos tentaria alguma missão de amor na face do orbe terrestre, dentro dos grandes objetivos da regeneração humana?
- Nossa tarefa, para que os homens se persuadam com respeito à verdade, deve ser toda indireta. O homem terá de realizar-se interiormente pelo trabalho perseverante, sem o que todo o esforço dos mestres não Passará do terreno do puro verbalismo.
E, como se estivesse concentrado em si mesmo, o,grande filósofo sentenciou:
- As criaturas humanas ainda não estão preparadas para o amor e para a liberdade...
Durante muitos anos, ainda, todos os discípulos da Verdade terão de morrer muitas vezes!...
E enquanto o ilustre sábio ateniense se retirava do recinto, junto de Anaxágoras, dei por terminada a preciosa e rara entrevista."


1 Nome convencional para figurar os centros de grandes reuniões espirituais no plano Invisível. - O Autor Espiritual.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Prazer X Sofrimento





Algumas pessoas acham que estão no Planeta apenas para se divertir, como se aqui fosse um parque de diversão. Não sabem e não suportam enfrentar os altos e os baixos da vida. Outros acreditam que estão aqui para sofrer, não se permitem desfrutar dos momentos alegres e agradáveis. Para ambos o caminho do meio, da moderação, é imperceptível ou inexistente.
Aqui o filósofo Espírita José Herculano Pires, no livro O Sentido da Vida, p. 13, esclarece qual é a visão Espírita da vida:


“O Espiritismo renovou fundamentalmente a concepção humana da vida e do mundo, ensinando ao homem que ele não nasceu para gozar nem para sofrer, mas apenas para evoluir, para progredir, como tudo evolui e progride ao nosso redor, na natureza e na própria sociedade. A dor deixou de ser um castigo imposto ao homem pela absurda vingança de Deus contra o casal primitivo; o prazer deixou de ser o objetivo aceitável da existência corpórea e ambos, prazer e dor, passaram a ser meras decorrências de um processo mais amplo e mais complexo, em que o homem se acha envolvido, para crescer e se desenvolver, em espírito e verdade.”

domingo, 12 de julho de 2015

Tempo


Tempo
Como cuidamos de nosso tempo? Quando termina o dia, a semana, o mês, estamos satisfeitos?
Temos a sensação de tempo perdido ou bem aproveitado?
Onde você busca referência para aferir seu tempo?
No livro Obreiros de Vida Eterna, c. 2, o benfeitor Cornélio esclarece:



Se estamos... verdadeiramente interessados na elevação, consti­tui-nos inalienável dever o conhecimento exato do valor “tempo” estimando-lhe a preciosidade e de­finindo cada coisa e situação em lugar próprio...

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Equilíbrio - desequilíbrio

A expressão brincar com fogo quer dizer que quem brinca com fogo pode se queimar. Racionalmente alguns, superficialmente outros, dizem não querer se queimar. Mas, sem perceber, ou percebendo, muitos, lá estão às voltas com o fogo.

O Espírito Manoel P. de Miranda diz que “É muito diáfana a linha divisória entre a sanidade e o desequilíbrio mental.”1 É muito sutil o movimento de um para outro estado. No Planeta de expiação e prova, adotamos comportamentos inadequados como se fossem “normais”. Por exemplo, muitas pessoas justificam que a lamentação é um meio de colocar para fora o que a incomoda. Parece inocente e sem consequências. No entanto, não é o que pensa os benfeitores espirituais. No livro Nosso Lar, o benfeitor Clarêncio depois de ouvir André Luiz lamentar-se de sua condição de recém-desencarnado e de ter deixado a esposa e os filhos, adverte-o de que “Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil.”2 A pessoa que lamenta se coloca como vítima da vida, como se ela não tivesse feito nada para estar onde está. Além disso, o teor de seus pensamentos são tóxicos afetando seu corpo físico e o perispírito. 

Para melhor explicitar a permissividade em brincar com o fogo, Manoel P. de Miranda  disserta: “Ligeira excitação, alguma ocorrência depressiva, uma ansiedade, ou um momento de mágoa, a escassez de recursos financeiros, o impedimento social, a ausência de um trabalho digno entre muitos outros fatores, podem levar o homem a transferir-se para a outra faixa da saúde mental, alienando-se, temporariamente, e logo podendo retornar à posição regular, à de sanidade.”3 A detenção demorada em alguma dessas situações pode tornar a recomposição mais difícil. Isso porque, a fixação mental pode ter vários desdobramentos como a polarização da mente em apenas um ponto, perdendo a polivalência; a evocação ou ressonância no inconsciente de conteúdo/experiência semelhantes; a sintonia com obsessores que vão intensificar a perturbação. A ruminação das ideias favorece esse desequilíbrio. Quanto tempo nos permitimos ficar detido em uma ideia ou lembrança, dez minutos, uma hora, um mês, um ano, um século?

Precisamos ser proativos diante de situações que podem nos complicar, tomando providências que impeçam a perda da autonomia. Pensar excessivamente em um problema torna-o maior do que é, distorce o seu significado, vicia a mente levando-a a fixação.
Faça um acordo com você, se em quinze minutos você não resolveu a questão, deixa para pensar mais tarde. Quando estamos de “cabeça fria” temos mais acesso aos nossos recursos psíquicos.


Referência:
1, 3. Divaldo P. Franco/Manoel P. de Miranda - Nas Fronteiras da Loucura – 2006

2. Francisco C. Xavier/André Luiz – Nosso Lar - 2008

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Armazéns Divinos

Quando uma pessoa fica na fossa, qual o padrão de suas lembranças? Provavelmente lembrará das decepções amorosas, as rejeições, as brigas...
Uma pessoa pessimista tende a achar que seu problema vai durar para sempre. Portando, não tem perspectiva, desiste de tentar superar.
O padrão da negatividade leva às lembranças perturbadoras como perda, morte, doença, rejeição, carência, etc. Neste estado a pessoa fica cega para as oportunidades ou alternativas que a vida lhe oferece. Assim, ela se acha abandonada, esquecida, desamada, e sem esperança. A alta taxa de negatividade atraí pessoas encarnadas e desencarnadas problemáticas ao seu lado, como também provoca acidentes e brigas. Essa pessoa tem a impressão que o mundo conspira contra ela, não percebendo que ela se fez como um imã atrator de desastres.
Por outro lado, a pessoa que se esforça para melhorar, que cessa de reclamar, que busca ver o lado bom da vida está propiciando bons acontecimentos. Como ensina o benfeitor Eusébio no livro No Mundo Maior, pagina 37: “Vinculai-vos, pela oração e pelo trabalho cons­trutivo, aos planos superiores, e estes vos proporcionarão contacto com os Armazéns Divinos, que suprem a cada um de nós segundo a justa neces­sidade.”

A pessoa perturbada reclama dos Armazéns Divinos provisões desnecessárias que vem reforçar seus caprichos egoísticos. No segundo exemplo, da pessoa esforçada, pela oração e pelo trabalho construtivo, vincula-se aos planos superiores aclarando sua mente para saber o que é melhor e necessário. Às vezes não precisamos de mais provisões, e sim enxergar os recursos que já estão ao nosso dispor e são desdenhados ou subutilizados.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Você não é um deserdado, é um filho de Deus!
Precisamos sair do torpor da rotina cotidiana e recuperar a lucidez, caso contrário passamos a acreditar que a vida se resume neste costume diário de quase sempre fazer as mesmas coisas. Se o indivíduo se deixa massificar ele segue a boiada sem saber para onde vai, invariavelmente, distanciando-se dos seus objetivos evolutivos. Não demora muito para ele sentir que falta fazer alguma coisa em sua vida que não sabe o que é. O seu inconsciente (programação reencarnatória) está sinalizando que ele está desalinhado de sua missão/plano/tarefa... As atividades e relacionamentos diários ficam insossos, repetitivos. Pequenas discussões, contrariedades, decepções são superestimadas. A vida fica sem sentido, a angústia vai ganhando terreno. Parece que estamos jogados no mundo à toa.
A mídia subordinada aos anunciantes vende a promessa da realização pessoal e da felicidade através do consumo. Nesse esquema quem tem dinheiro, supostamente, chega lá, quem não tem está fadado à infelicidade. Mas, como a vida não se subordina a essa ingenuidade, prega peça nos seus defensores mostrando inversões demolidoras: pessoas ricas, bonitas e poderosas tristes e viciadas em drogas para aguentar o tranco dos tormentos. E, a revelia de tais preceitos, pessoas pobres e sem o rigor da estética física vigente, estão de bem com a vida.
Temos que lembrar da assertiva de Jesus em Mt. 26.41: vigiai e orai, para que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Recuperar a lucidez é lembrar que como espíritos, estamos prontos, conforme instruiu-nos Jesus, trazemos em nosso interior um propósito, e mais, a vida tem sentido. Como Emmanuel nos lembra: “O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.1

Nota:

Livro Emmanuel – Francisco C. Xavier/Emmanuel, página 11

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Assertividade X Grosseria

Uma atitude importante para nosso relacionamento interpessoal é a assertividade, definido pelo dicionário Houaiss como “que demonstra segurança, decisão e firmeza nas atitudes e palavras” A pessoa assertiva expõe e defende suas ideias respeitando a opinião de seu interlocutor. Uma pessoa insegura e tímida terá dificuldade em ser assertiva, ela acha suas ideias bobas e descabidas, por isso, evita expressá-las. Quanto mais nega o que pensa mais conflito gera em sua personalidade, ficando mais insegura. Há quem confunda grosseria com assertividade e afirmam: “não tenho papas na língua”, falo o que penso!; o que equivale dizer que ela fala sem medir as palavras não importando se vai ferir ou não o outro. Esta pessoa acha que não é responsável pelo que fala e pelo que faz. E se o seu interlocutor estiver a um passo de desistir da vida, e sua colocação precipitá-lo a algo grave? Nossa palavra é uma fagulha de esperança ou um punhal mortal? André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos, capítulo 11 instrui: “Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra des­perta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e rea­ção funcionam, exatos, dentro do próprio ser, assegurando-se a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente os resulta­dos respectivos, tanto na esfera física quanto no Mundo Espiri­tual.” Portanto, somos responsáveis pelo que pensamos, sentimos e fazemos no contato com os outros e com o mundo, formando vínculos construtivos ou perturbadores que deveremos consertá-los. Aprofundando o resultado de nossa comunicação com os outros, André Luiz no livro Mecanismo da Mediunidade, capítulo 16, esclarece sobre os efeitos advindos de nossos pensamentos e atitudes: “Pensando ou conversando constantemente so­bre agentes enfermiços, quais sejam a acusação indébita e a critica destrutiva, o deboche e a cruel­dade, incorporamos de imediato, a influência das criaturas encarnadas e desencarnadas que os alimen­tam, porque o ato de voltar a semelhantes temas, contrários aos princípios que ajudam a vida e a regeneram, se transforma em reflexo Condicionado de caráter doentio, automatizando-nos a capacidade de transmitir tais agentes mórbidos, responsáveis por largo acervo de enfermidade e desequilíbrio.” Assim, o “senhor sem papas na língua”, ou a pessoa maliciosa, fofoqueira, maledicente ao ser maldosa e dura com o seu próximo incorpora em si mesmo todo mal que semeou.
André Luiz conta sua própria experiência no livro Nosso Lar, a respeito de sua desencarnação antes da hora por conta de sua conduta, entre outros motivos o médico espiritual Henrique de Luna fala do seu modo irritadiço de tratar as pessoas: “...seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no frequentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.”



terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Melhore seu estado psicológico

A Psicologia Positiva afirma que as ...emoções positivas produzem e ampliam recursos psicológicos...1 Você já tinha pensado nisto? E nas implicações daí decorrentes? Vamos explorar esta ideia.
Primeiro vamos pensar no oposto das emoções positivas, as emoções negativas como medo, tristeza, raiva, ressentimento, etc. O que você sente quando está com medo? Segurança? É óbvio que não, provavelmente sentirá insegurança, receio, dúvida. E quando você está com raiva, fica prudente, ponderado? Certamente que não! As emoções negativas causam perturbação na personalidade como a somatização, confusão, desequilíbrio, agressividade, etc. Nesse estado a pessoa fica com seus recursos psicológicos reduzidos como a memória, a racionalidade, o juízo. Não quer dizer que estas emoções não tenham sua função. Mas são resíduos dos instintos que vão sendo superados no processo evolutivo e substituídos por recursos mais sofisticados como a inteligência, o discernimento, a paciência...
Os achados da Psicologia Positiva demonstram que as emoções positivas tais como contentamento, tranquilidade, alegria, prazer, satisfação, serenidade, esperança e encantamento “produzem e ampliam recursos psicológicos”. Isso que dizer o quê? Que a pessoa tem mais acesso aos seus recursos psicológicos ou mentais: memória, discernimento, perspicácia, inteligência. Ela tem uma visão mais consentânea de si mesma: autoimagem, autoestima, autoconfiança, assertividade. Seu senso de realidade fica mais apurado, sabendo discernir o que é prioritário do que é secundário. Neste estado a pessoa fica mais bem disposta, mais positiva, consequentemente ela sabe que sua vida tem sentido.


1. Seligman, M.E.P. – Florescer p. 78