sábado, 19 de setembro de 2015

Ascendência Espiritual

Como seres imortais e multiexistenciais nosso estado atual de doença/saúde, equilíbrio/desequilíbrio, sociabilidade/insociabilidade..., não é uma realização exclusivamente do presente, há um encadeamento entre as reencarnações anteriores e a atual. O condicionamento social amamentado pela concepção materialista faz crer que tudo procede do corpo e do meio ambiente. Estes fatores têm o seu percentual de influência, é claro, mas não é tudo. O ser que anima o corpo, que movimenta o meio ambiente, ou seja, o Espírito, ao reencarnar traz a história de suas vivências milenares em sua mente ou inconsciente coletivo que compõe seu repertório evolutivo. No livro Rejubila-te em Deus, página 62, Joanna de Ângelis elucida: 

“em todo problema na área da saúde ou do comportamento humano, o enfermo é sempre o Espírito que se encontra em processo de recuperação do seu passado delituoso, experienciando as consequências das ações infelizes que se permitiu praticar antes do berço atual.” 

Vemos aí a ascendência do Espírito sobre o corpo e o meio social. Portanto, não somos reféns das condições exteriores, elas estão a serviço do Espírito, com suas restrições e possibilidades. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Papéis temporais

Na vida física tendemos a nos identificar com o corpo e com os problemas da existência. A identificação com o corpo leva-nos a acreditar que somos o corpo, que nascemos, crescemos e morremos. A identificação com os problemas leva à ideia que a vida se reduz às dificuldades, as dores, aos obstáculos. Parece que a vida é assim, que vai ser sempre desse modo. Não nos vemos como Espíritos Imortais em evolução, desenvolvendo nossos potenciais através de um corpo físico e do enfrentamento dos reveses e das boas experiências da existência.
Os papéis sociais ou as condições reencarnatórias que envergamos, são temporárias! A vida é maior do que os trajes que vestimos. As condições que apresentamos: saudáveis/doentes, bonito/feio, rico/pobre, inteligente/ignorante, etc., não são definitivos, não determinam a personalidade. São apenas experiências que objetivam educar o aprendiz.

No livro Vinha de Luz, página 69 Emmanuel leciona:

“Risível é o instinto de apropriação indébita que assinala a maioria dos homens.
Não será a Terra comparável a grande carro cósmico, onde se encontra o espírito em viagem educativa?
Se a criatura permanece na abastança material, apenas excursiona em aposentos mais confortáveis.
Se respira na pobreza, viaja igualmente com vistas ao mesmo destino, apesar da condição de segunda classe transitória.
Se apresenta notável figuração física, somente enverga efêmera vestidura de aspecto mais agradável, através de curto tempo, na jornada empreendida.
Se exibe traços menos belos ou caracterizados de evidentes imperfeições, vale-se de indumentária tão passageira quanto a mais linda roupagem do próximo, na peregrinação em curso.
Por mais que o impulso de propriedade ateie fogueiras de perturbações e discórdias, na maquinaria do mundo, a realidade é que homem algum possui no chão do Planeta domicílio permanente. Todos os patrimônios materiais a que se atira, ávido de possuir, se desgastam e transformam. Nos bens que incorpora ao seu nome, até o corpo que julga exclusivamente seu, ocorrem modificações cada dia, impelindo-o a renovar-se e melhorar-se para a eternidade.
Se não estás cego, pois, para as leis da vida, se já despertaste para o entendimento superior, examina, a tempo, onde te deixará, provisoriamente, o comboio da experiência humana, nas súbitas paradas da morte.”